Fruto daqueles sentimentos que irrompem no coração sem pedir autorização ou pensarem se devem, eu escrevia. Usando sem grandes virtuosismos a minha guitarra, vivia a ilusão de ser capaz de compor canções, baladas. Não me cansava de ouvir repetidamente este poema interpretado pelos Aguaviva que aqui, hoje, se reproduz. Comigo próprio sonhei algumas vezes a possibilidade de, um dia, ser capaz de criar algo assim. Não poderei assegurar mas, inconscientemente, talvez tenha começado aí a minha afinidade com o castelhano.
Não sei quantos, se é que haverá alguém entre os que me visitam, se lembrarão de Que cantan los poetas andaluces de ahora. E o que cantarão, hoje, os Poetas Andaluzes de agora?
8 comentários:
Cantam o AMOR! -claro!!!
Quem não canta o amor que vive dentro Aquele que nos vivifica...naõ pode nunca ser poeta...mesmo que não saiba versejar....!
Salvé!
Sempre...
MAriz
Talvez um pouco mais nova mas lembro-me muito bem. Assim como me lembro dos caramelos que traziamos e que nos sabiam tão bem.
Mais virada para piano mas ouvi esta música vezes sem conta. É linda!!
Já dizia Florbela Espanca:
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
Os poetas, como reflexo da consciência colectiva, sempre cantaram e continuarão a cantar "Os Homens".
Obrigado por esta bela recordação.
Fizeste reviver os anos da utopia. Estão vivos na memória e no sentir do coração. Passos que o tempo não apaga.
Um beijo.
Cantam lo mismo! mas mas alto!
Gosto muitíssimo! Tenho o disco :)
Muito boa recordação.
Claro que me lembro!!... e como gostei de me lembrar!
Echar de menos.
"..No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
encerrado. su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres"
Cantam para todos!
Para os que já partiram, ara os que ainda por aqui andam e para todos os que virão!
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