terça-feira, 19 de maio de 2009

ABRO-TE AS MINHAS MÃOS

Foto de Ralf Stelander


Abro-te
as minhas mãos
para que leias
as linhas de sal
sulcadas
pela serenidade
da admiração

Abro-te
as minhas mãos
para que ouças
as melodias do sul
salgadas
pela inquietação
da espera

Jogo com as palavras
que não julgo
por ter julgado
que as palavras jogavam
e não jogo nem julgo
as palavras
que se abrem
em cada linha
em cada melodia

Abro-te
as minhas mãos
para que vejas
os sulcos de palavras
jogadas
sem regras
na contenção da emoção

5 comentários:

jardinsdeLaura disse...

Abro-te as minhas mãos para que nelas encontres o laço que as une!

Anónimo disse...

gosto em particular de poemas que escrevam as mãos do poeta. porque as mãos são o instrumento da escrita. e são também duas grandes palavras poéticas. um beijo, passos.

Carla disse...

um jogo de palavras em que se abrem os sentimentos
beijos

helenabranco.poet@gmail.com disse...

Entrego-as como carícia para que as escutes no búzio onde escrevi um verso...vem...




Abraço PASSOS

Gi disse...

E eu abro-te os meus braços e dou-te as minhas mãos para que a magia do que escreves me seja transmitida, num sistema de vasos comunicantes.