quarta-feira, 27 de maio de 2009

SEM TEMPO

Foto de Mikael Hörnlund

Estou algures entre o passado e o futuro,
               entre as memórias e o desconhecido,
    entre o vivido e o desejado,
                         entre o perdido e a aridez, 
         entre as mãos que se abrem e as que se estendem. 

Só não estou aqui,
                         no presente,
         no agora,
             no eu,
                 na vida.
                                                     E sinto-me desperdiçá-la.

5 comentários:

Anónimo disse...

muitas vezes, não estamos aqui, agora, porque algo nos prende, por fios invisíveis, numa memória, num sonho por realizar, ou no som de uma música como esta. mas essa é também uma forma de estar, aqui e agora, num poema... gostei muito de ler e ouvir, passos. um beijo e até à próxima semana.

Malina disse...

Há que deixar a vida entrar. Deixar a vida entrar. Para encontrá-la!

Beijo

Marta disse...

eu também confesso:
não estar aqui,neste minuto,
já doeu muito!

apesar disso, gostei íssimo, de ler. tanto. tudo.
aliás,
há aqui uma coincidência incrível!

helenabranco.poet@gmail.com disse...

Não somos nós que desperdiçamos a VIDA...mas ELA que se derperdiça em nós o que é mais grave...

Basta que AME!...um pezinho de chão um olhar enternecido...uma ruga uma nesga de sol...sobra tanto



ABRAÇO para PASSOS

Luísa disse...

A desperdiçar a vida?
Não por favor!Ela é rara...por isso, vou fazer recrutamento de pessoal para que vivam o momento aqui e agora, porque o ontem já passou e o daqui a pouco poderá não vir!
Tudo é tão raro, que mais enfrentar e conviver mesmo que não seja bom. Pelo menos serviu para aprender.
Beijinho terno!