quarta-feira, 3 de junho de 2009

OH MINHA MÃE QUEM ME DERA

Porque as recordações, por vezes, são um rio imparável… e porque algumas vezes essas mesmas recordações nos arrastam de cais em cais onde vamos atracando, revivendo novas memórias, descobrindo no porão do navio vivências que tínhamos falsamente apagadas não sei bem onde… porque reviver algumas dessas memórias me faz recuar a tempos onde nem se questionava o tempo que vida ainda teria para navegar… porque voltar a essas memórias me perspectiva a possibilidade que a vida oferece de ainda ter muitos mais dias para descobrir e de que guardar memórias… fui parar a uma memória não muito distante. Tanto quanto me lembro o momento tocou-me em particular por marcar o regresso, depois de muitos, muitos anos sem o fazer em público, ao palco… da mãe. A filha, no entretanto, havia-se tornado herdeira das carreiras dos pais. Foi, para mim, um momento tocante, assistir a esta interpretação, duma canção que considero bonita, mas sobretudo pelo significado de ver a mão dada de mãe e filha… a certificação duma passagem de testemunho que acaba por não se consumar… pois é um fluxo reflexo que não pára… porque a música as une… e nós, os que gostemos de ouvir… só devemos ficar calados e gozar o momento para recordá-lo. Ora oiçam:




2 comentários:

helenabranco.poet@gmail.com disse...

Felizes os que em vida convivem com a mesma melodia igual ao sangue que lhes corre dentro...
Bonito

Alexandra disse...

Que doçura!!!!

Obrigado por nos trazer estas imagens de genuina beleza.

Até mais.