terça-feira, 1 de setembro de 2009

CERTEZAS

Tenho-as em molho
ou isoladas
dispersas
ou ligadas entre si
independentes
e dependentes
se algo as humedece
bastam escassos raios de sol para as secar
se demasiado secas
um sorriso é suficiente para as ameigar
se extremamente lânguidas
apenas um estímulo lhes devolve o rumo
se muito limitadas
apenas um verso de vida
lhes devolve a perspicácia
ao frio de Inverno
respondem com o calor da convicção
ao calor do Verão
respondem com a frescura da verificação
à nostalgia do Outono
respondem com a renovação da ideia
ao deslumbre da Primavera
respondem com o cuidado da precaução
Só não as posso aproximar
de algo que arda
pois consomem-se inadvertidamente
e tornam-se cinzas
impossíveis de identificar
difíceis de recuperar

6 comentários:

Anónimo disse...

Hoje não há areia?
.....

Certezas. Tenho tantas. Vão-se com um sopro. Nem preciso que arda.
.......

;)

Gi disse...

As únicas certezas que tenho são:
. que nasci
. que tive pais presentes
. que ainda tenho uma mãe presente fisicamente
. que casei
. que tenho marido
. que tenho dois filhos
. que vou morrer
... só não tenho, ainda, a certeza do dia ... mas estou certa que o saberei. ;)

Tenho, neste momento, a certeza que estou a escrever um comentário neste blogue após^um mês de ausência.

Marta disse...

ps.há dias em que os seus poemas, rimam TUDO
rimam dentro da música.
à volta da música.

Unknown disse...

Certezas, só tenho mesmo as que já passaram as que estão para vir quem saberá?

elsafer disse...

muito bonitas as palavras que nos tens prendado
:)

helenabranco.poet@gmail.com disse...

Imperecíveis!...isso sim...