
Foto de Vernon Trent
um toque diferente,
o olhar reflexo
e a língua não se segura na boca.
Há dias em que a melodia
não se ouve sozinha,
as mãos se sentem perdidas
e o nome sem dono.
Há dias em que o coração
tenta bater mais veloz,
o amanhã não se conjuga
e sucumbem quereres no deserto.
Há dias em que o corpo
se sente descoberto,
precisa vestir-se em abraços
render-se na fusão dos sentidos.
Há dias em que os dias
rogam pelas horas de outros dias,
as que não me pertencem
e que não tenho como manobrar.
6 comentários:
Este poema com certeza me encantou, há dias exatamente assim...
Um abraço, bom final de semana
é... há dias assim!
Há dias em que nos desnudamos para nos vestirmos de outros dias.
Há dias doces, há dias amargos,há dias que se sobrepõem as noites e parecem não ter fim e há aqueles que queremos que nunca acabem. Tudo passa pelo nosso estado de espírito, mas senti-los é a nossa grande victória...
há dias que temos a sorte de sentir estas palavras
;)
há dias que as palavras pousam no fundo da alma e, então, já não há nada a desnudar
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