terça-feira, 11 de agosto de 2009

PRIMEIRAS BRAÇADAS NO ADRIÁTICO

Foto da minha Canon


A praia, chamam eles a uma pequena área de pedregulhos que dá acesso ao mar. Um declarado desafio ao equilíbrio e à sensibilidade dos pés habituados a caminhar sobre areia naquilo a que me habituei a chamar, realmente, uma praia.

Ultrapassado o dito exercício convém mergulhar antes de ter a água pelo joelho para evitar prolongar o tormento de continuar a peregrinação sobre terrenos impróprios. E aí… aí esquece-se as linhas anteriores. A temperatura acaricia o corpo. A transparência permite ver tudo que está sob a superfície. E as braçadas obrigam-se no prazer de desfrutar este Mar Adriático extremamente salgado.

De braçada em braçada cresce a dúvida sobre contemplar o que há debaixo de água, ou perdermo-nos na paisagem circundante. Os mais diversos tipos de embarcações passam perto, em velocidade totalmente pacífica de quem quer apreciar a costa, mais do que demonstrar as respectivas potencialidades. De centímetros em centímetros do horizonte visual, as ilhas mostram-se. Uma totalmente desabitada, outra com uma ou outra habitação, outra com marcas do que parece ser uma casa desactivada. Mais ao fundo uma colina íngreme desce até ao mar, em tons de verde dos arvoredos e cinza das rochas. Atravessada por uma estrada, é possível contar as casas existentes de tão poucas serem, nesta paisagem/mulher com uma virgindade ainda bem estampada.

Ao sair da água repete-se o desafio. Talvez mais difícil agora, porque é preciso subir. Exercer maior pressão sobre as pedras roladas. Desconhecimento de noviço. Perto de mim, uma família de italianos está devidamente equipada com calçado apropriado. Por isso caminham decididos para o mergulho, enquanto eu me imagino na figura que farei quando quiser, daqui a pouco, me deliciar com as próximas braçadas no Mar Adriático.

1 comentário:

Tia [Zen] disse...

Não te sabia radical... :-)

Eu vou amanhã de férias... Beijo