quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CATEDRAL DE DUBROVNIK

Foto da minha Canon

A Catedral de Dubrovnik é consagrada à Ascensão de Nossa Senhora. O terramoto de 1667 destruiu a catedral românica dos séculos XII a XIV, pelo que para sua substituição foi construída a actual igreja cuja edificação foi concluída no início do século XVIII. De acordo com dados históricos, a anterior catedral era uma basílica sumptuosa com cúpula e adornada com inúmeras esculturas. Reza a tradição que fora construída com dinheiro dum donativo do rei inglês Ricardo Coração de Leão, que se tendo salvo dum naufrágio, quando regressava da Terceira Cruzada, terá dado à costa na ilha de Lokrum. Em 1981, a actual catedral foi objecto de obras de reconstrução durante as quais foram descobertos vestígios que revelaram a existência ainda mais antiga duma outra igreja, cujas características arquitectónicas apontam para o séc. VII.

Stjepan Gradić, um dos mais conceituados intelectuais do final do séc. XVII nascidos em Dubrovnik, teve predominante acção nos esforços para a construção do actual monumento. À data desempenhava o cargo de Reitor da Biblioteca do Vaticano e era o representante da República de Dubrovnik junto da Santa Sé. Graças às suas relações e amizades, Gradić conseguiu renovar a sua cidade natal extensamente destruída pelo sismo.

A Catedral de Dubrovnik é uma igreja despojada. Imperam as paredes brancas num estilo claramente barroco que divide o espaço em três naves. O tesouro da Catedral terá sido um dos mais ricos das costas do Mar Adriático, mas foi extremamente destruído com o terramoto de 1667. Dos mais importantes objectos ainda existentes, destaca-se um relicário com o crânio de S. Brás santo padroeiro da cidade, bem como as suas duas mãos e uma das pernas. Num dia de extremo calor, a Catedral serve para momentos de repouso e meditação enquanto o corpo retoma energias para retornar à descoberta da cidade.


Informações históricas recolhidas no guia turístico Dubrovnik, ciudad de cultura y arte, de Antun Travirka, com tradução para castelhano de Karlo Budor, numa edição Fórum Zadar, em 2008

1 comentário:

elsafer disse...

belíssimo passeio ... a maquina transmite o ponto de vista do observador atento á relação da luz com as formas do objecto
bonito o que aqui tem sido partilhado