sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DUBROVNIK

Foto da minha Canon

Ragusa e Libertas são dois termos que estão profundamente ligados a Dubrovnik. Ragusa era o nome da localidade que deu origem à República de Dubrovnik, enquanto Libertas [liberdade] tem sido dos valores mais preservados pelos cidadãos de Dubrovnik. Ainda que tendo estado sob o domínio de Veneza, a República de Dubrovnik lutou e defendeu a sua independência ao longo de muitos séculos. Excepção terá sido quando em 1806, ousou depender do apoio da França, para levantar o cerco imposto pela Rússia e Montenegro, e acabou por ver decretada a sua dissolução por ordem do general napoleónico Marmont.

Esta mesma vontade, a importância deste valor, foi, uma vez mais demonstrado pelos que caíram vitimas dos ataques perpetrados pelo exército sérvio que em 1991 cercou a cidade e a votou ao isolamento durante um período de tempo. Terá sido essa tenacidade que fez a cidade reerguer-se, reorganizar-se e tomar, de novo, o seu lugar no país croata com o orgulho de ser a principal razão de atracção de turistas.

Ao final de três dias afiguram-se-me duas faces distintas de Dubrovnik. À luz do sol é a cidade histórica, dos edifícios, das pedras por onde passou a história, das paisagens que marcam o imaginário de quem a ansiou visitar, que sobressai. É em busca destas referências que os turistas, muitos espanhóis, bastantes italianos, franceses e obviamente imensos croatas, percorrem todas as ruas, praças, todos os monumentos, becos, em busca dum testemunho, dum ângulo inovador, de experimentar ao vivo a beleza desta cidade. Quando a noite desce, a cidade veste-se de bom gosto, de ‘glamour’ e exterioriza todo o seu charme. As ruas enchem-se de caminhantes em busca dum lugar numa das esplanadas que preenchem todos os espaços, nas ruas, vielas e praças. As luzes da cidade tomam uma intensidade que parece querer traduzir um ambiente de luz de velas. Os transeuntes nem precisam de vestir roupa de gala, pois é a própria cidade que incute o bom gosto, no qual os visitantes são meros peões que complementam, na perfeição, o ambiente.

Foi Lord Byron que a denominou como ‘A Pérola do Adriático’. Se numa mão juntarmos a sua beleza, a sua história, a sua conservação, a sua ambiência, a sua temperatura e a simpatia das suas gentes, farão sentido as palavras de George Bernard Show ao afirmar que ‘aquele que procura o paraíso na Terra, deverá fazê-lo em Dubrovnik’.

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