segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A CHEGADA

Foto da minha Canon


Dezanove quilómetros separam o aeroporto do centro da cidade. Significativa parte do percurso é feita junto a uma costa que se recorta sucessivamente, recolhendo-se aqui e ali numa baía. A namorá-la multiplicam-se as pequenas ilhas verdes. Ao longo da estrada isolam-se casas que preservam a traça original num perfeito estado de conservação exterior. Bem espalhadas marcando, cada uma, o respectivo território. A ideia construída a partir das imagens vistas e ouvidas, não se desilude. Antes pelo contrário.

Por fim avista-se a muralha de Dubrovnik que passou incólume, não sei se milagrosa ou intencionalmente, aos bombardeamentos da Guerra Civil. E nesse instante há algo de mágico a passar do olhar para o sentir. É a realização dum ver, até então, simplesmente projectado. E que hoje se vive. É real. Ao entrar na cidade percebe-se o turismo e como ela está preparada para o receber. Contudo nada na arquitectura, que presumo original, é alterado, nada foi construído em contraste com o pré-existente. Como tal, o turismo quase se torna uma característica da cidade.

Conforme se caminha para fora do centro, em direcção à área onde proliferam os hotéis, resorts e afins, oferecem-se-nos novos recortes na costa, baías que entram por ela dentro como se o Adriático tentasse entrar mais longe, pelo interior do território terrestre. O bom gosto continua a impor-se nesta zona mais recente, onde a arquitectura se desenha em linhas despojadas. Os edifícios espalham-se em largura e comprimento. Os cinco andares são os arranha-céus.

A noite chega mais cedo, mas ainda antes, há oportunidade para ver o sol descer sobre o mar e esconder-se atrás das ilhas. Até amanhã.

3 comentários:

Tia [Zen] disse...

Que bom ler-te! Fica bem aí pela "Pérola do Adriático"...
Beijo

Alexandra disse...

Vendo... com o seu olhar!

Parapeito disse...

...Até amanhã :)
Gostei ****