domingo, 25 de outubro de 2009

PUDESSE

Foto de Doug Roane


Pudessem as asas
marcar o ritmo da escrita…
seriam minhas palavras
quilha para um novo poema.

Da tua pele faria céu
onde adestraria meus dedos
a traçarem rotas de esperança.

Na direcção do vento
tomaria a luz da inspiração;
ninho de lágrimas e sorrisos
onde mora teu coração.

Pudesse o meu querer
voar em vocábulos até ti…
planaria sobre o teu sonho
até sentires minhas mãos
serem plumagem do teu silêncio.

5 comentários:

elsafer disse...

perdição... estas palavras
que bom

AnaMar (pseudónimo) disse...

O ritmo da escrita marcado pelo voo rasante do poema, que toca a alma,mantendo o corpo incólume. O coração que aguarda as mãos.

Bj

Zaclis Veiga disse...

A trilha sonora, como sempre, maravilhosa.
O texto, primoroso.

Gi disse...

Pudesse eu nas redes de outono embalar-me de ti e haveria um enredo com horizonte.

Luz disse...

As asas ao ritmo das palavras, na pele o traçar o céu da esperança, ao sabor do vento na luz com lágrimas e sorrisos que só cabem na alma e, no coração, num querer de um sonho de "ti" na leveza de um silêncio pelo toque das mãos num horizonte sem fim...