
Fotos do meu Nokia
Os rios são uma riqueza para as cidades que os possuem. Foram portas principais para o comércio e são, agora, o local onde as cidades se alargam, se produzem, respiram, ganham espaço para respirar e vivem momentos de lazer. O Mondego é o rio de Coimbra.
Há cidades que nos cativam à chegada, outras que vão construindo em nós o seu território conforme vamos repetindo as visitas. Devo confessar que Coimbra nunca foi uma cidade que me matasse de amores. Mas ao visitá-la revivo lembranças de vindas passadas.
Há um quarto de século atrás, o Mondego não tinha o caudal actual. Talvez por isso lembro-me de ver mulheres a lavarem roupa nas margens que hoje não existem, junto à Ponte de Santa Clara. Mesmo em frente ao histórico Astória existem umas escadas que dão acesso ao Mondego. Numa dessas vindas, no início dum Verão que tinha elevado as temperaturas, durante o dia, até aos 42º e esgotado as bebidas em todos os locais alí à volta e abertos à noite, essas ditas escadas foram local de reunião para o grupo superar o calor que se fazia sentir nos quartos sem ar condicionado, do Astória.
Hoje, um pouco à esquerda dessas escadas existe um caminho que nos leva ao nome de Torga suspenso sobre o Mondego.
8 comentários:
'As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar.'
E que bonito ficou o nome de Torga debruçado sobre o rio!
Uau...obrigada pela partilha, adorei. Jhs
Pois eu estive em Coimbra em Maio, ao fim de imensos anos.
Também tirei fotos ao "Torga".
Adorei a decrepitude de que Coimbra enferma; aquela Baixa, Céus, Aquela Baixa que parece que a Guerra andou por ali!
Deduzo que muita da sua degradação se deve à grande população móvel e nóvel que a habita. Só lá estão por pouco tempo e não votam por lá.
que bela viagem fiz através das tuas palavras...obrigada
beijo
O fascínio do intemporal Miguel Torga.
De passagem rápida para um beijo de saudade.
Passarei com mais tempo...Quando regressar de vez.
Foi "a minha cidade" durante muitos anos. Talvez os principais de qualquer vida - os da infância e adolescência. Mas vá-se lá saber porquê, ou talvez por terem sido "esses" anos, Coimbra nunca foi a minha cidade de eleição. Mas o rio era sempre perto para as tardes de calor e, por isso,
foi bom recordá-la aqui. E foi bom recordar Torga ainda no seu consultório. Obrigada, Passos.
memórias que os poetas inspiram...conheço muito mal Coimbra ... viver "sobre" a água é algo que desejaria
:(
TORGA, forever ;)
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