Foto de Hans Corral
Vou escrever um poema
com palavras de areia
crivadas em sonhos raiados
molhadas pelo relento do retiro
apuradas nas dunas cegadas
escaldadas na certeza do coração
Vou escrever um poema
com palavras de areia
moldadas nos remoinhos de água
embaladas pelo torpor das ondas
mordidas em bocas de fogo
queimadas em ardor de emoção
Vou escrever um poema
com palavras de areia
na calidez de minhas mãos
...
mas se os grãos arrefecerem
não atribuas culpas à noite
nem a ventos açulados
foste tu que perdeste
a rota dos seus significados
2 comentários:
...um poema que dança levemente
com a folhagem das emoções...
estive a ler com atenção o blogue.
pessoalmente gostei muito. muito deste poema.
acho que tens uma grande potencial em escrever poesia.
um beij
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