Foram recentemente descobertos, em local ainda por anunciar, estudos que provam que o passado não se apaga totalmente mesmo que essa seja a decisão politica, administrativa ou meramente pessoal. As investigações, baseadas em condutas de poetologia, pretendem provar que o presente fica tão mais marcado de passado quanto se deseje apagá-lo, esquecê-lo ou, mais grave ainda, ignorá-lo. Haverá presentes que não se dissociam do passado e passados que invadem continuamente o presente numa tentativa de marcar o seu espaço, de mostrar que continuam vivos. 'O passado mantém-se aceso enquanto não forem provadas razões que o não justifiquem!', pode-se ler no comunicado que chegou à nossa redacção. Os referidos estudos terão sido realizados por um eremita que terá expresso o seu desejo de ser poetólogo. Desconhece-se o seu percurso mas existem fundamentadas expectativas de que tenha cruzado território nacional. Melinda Carter, que integra o quadro editorial duma das mais prestigiadas revistas norte-americanas dedicadas à investigação científica, anunciou estarem a ser envidados todos os esforços para localização do mencionado eremita, na expectativa de que possam ser descobertos mais dados sobre a sua vida e eventuais outras revelações sobre o que poderão dizer as palavras que estão por detrás das letras com que são escritas. A direcção de informação da RTP mantém-se atenta a todos os desenvolvimentos e retomaremos a emissão, sempre que se justifique.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA
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2 comentários:
Boa noite, Passos!
O passado não se apaga nunca, nem por decreto. E ainda bem. Por mais penoso que seja, é com ele que se constrói o futuro. Assim saibamos dele retirar o que nos é útil.
Um beijo,
Milouska
Acabei por achar "graça" pela imaginação.
"(...)o presente fica tão mais marcado de passado quanto se deseje apagá-lo, esquecê-lo ou, mais grave ainda, ignorá-lo."
Totalmente verdade! É, nem mais nem menos, uma das grandes realidades com que temos de lidar, ou pelo menos tentar. Se bem que também estamos preparados para recalcar, caso seja necessário. Mesmo assim, nunca é "apagado", acaba sempre por deixar vestígios...
Somos feitos de experiências passadas. Reorganizamo-nos segundo as aprendizagens que fazemos ao longo da existência.
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