Anda por aí a correr uma petição contra o 'acordo ortográfico' e a favor da 'Língua Portuguesa'. Pessoalmente, não tenho nada contra certas regras que poderão simplificar a uniformidade, em especial, da escrita nos países que têm o Português como língua mãe. Aceito, porém, a existência de casos que soarão muito estranhos. Veja-se este exemplo:
De fato, este meu ato refere-se à não aceitação deste pato com vista a assassinar a Língua Portuguesa. Por isso ... por não aceitar este pato ... também não vou aceitar ir a esse almoço para comer um arroz de pato ... A esta ora está úmido lá fora ... por isso, de fato lá terei de vestir um fato ...
Transcrevi-o exactamente como o recebi, assim como a imagem. Digam de Vossa justiça. A polémica está lançada. Mas não sou eu o instigador.
4 comentários:
Eu acredito que as palavras nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Tal como os seres vivos...respiram...
Mas, confesso, às vezes creio que, em Portugal,
eléctrico, não anda sem o C!
já bonde, não terá o mesmo problema!
... é inevitavel:
«mudam-se os tempos...»
Nada tenho contra a uniformidade, mas considero que o equilibrio está na adaptação e não na aceitação passiva. A "lingua mãe" pode sofrer modificações (e tal é perfeitamente admissível e até benéfico), mas não pode, pura e simplesmente aceitar a imposição do que dela nasceu, ou seja,posso aceitar e estar de acordo com um fa(c)to, mas não posso fazer o mesmo com um fato!
Excelente post.
Até mais.
Sabemos todos que a evolução dos "Tempos" tudo abrange e por isso mesmo não poupará a língua (seja ela qual for)antes a vai transformando ao sabor de costumes e mentalidades que lentamente se alteram!! Para melhor ou pior!... Dependerá de nós e do uso que lhe dermos!
Eu pela parte que me toca continuarei a escrever a minha língua tal qual a aprendi, já lá vão cerca de 40 anos!
Talvez hajam pequenos aspectos que deveria corrigir... mas jamais escreverei como tenho visto escrever jovens que se comunicam (por exemplo) por msn!! Não só me parece que acabam por inventar uma outra linguagem, o que até não seria grave, se isso não os levasse a esquecer e a adulterar tão grotescamente a língua mãe!
Para mim a Língua é o instrumento mais mutável que existe.
Eu própria, constantemente, invento palavras, dá-me prazer.
Os acordos ortográficos primeiro estranham-se, depois entranham-se e é tudo como dantes!
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