segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

UM NOVO PRESENTE

Foto de m.j. arcanjo


A implacabilidade do tempo oferece-nos constantes transformações, arrasta-nos com a sua força. Aquilo que fomos, depressa deixamos de ser e rapidamente na sua régua caminhamos dum extremo ao outro. Repentinamente seremos aquilo que os outros já nos foram. Quando se é criança a inocente sofreguidão só nos permite olhar em frente. Tudo se afigura como conquista. Sob a inflexibilidade do tempo temos necessidade de parar, de olhar para trás. Aí identificamos espaços por preencher, aí detectamos faltas irrevogáveis. Aí agarramo-nos às âncoras do presente. Procuramos uma mão e atrevemo-nos a acreditar no futuro. Aí… temos esperança de voltarmos a ser… um novo hoje.


3 comentários:

sonja valentina disse...

não deixar que o caso vença e dite as regras é uma luta constante. gosto de acreditar que aprendi com os erros do passado e que só assim me é possível viver plenamente os dias que virão... o novo presente!
olhar para trás não tem mal nenhum, desde que saibamos que só conseguiremos seguir em frente se não perdermos pelo caminho o olhar de criança.
boa caminhada!!!!

Milhita disse...

Em cada passo que damos, ficam marcados no espaço, no tempo que nos leva, a expressão.
Ficam as palavras que deixamos, as caminhadas e os tropeções nas esquinas da vida, de quem se quer, de quem sente e se deixa ser.
O tempo, esse amigo e atento olhar, faz-nos grandes, pequenos, aqui e noutro lugar qualquer.
Deixo aqui um abraço, num espaço que gosto, que aquece e que eterniza, o que o tempo não tambem não esquece.

Luz disse...

O tempo, hoje aliado, amanhã quiçá inimigo..., no entanto, sempre tempo com ou, sem tempo que nos habita e que habitamos, o tempo que também se eterniza em nós, em cada passo, em cada momento sentido e vivido. Tempo que nos deixa ser mais, maiores e sem medo de seguir em frente e, de olhar para trás porque hoje, em cada dia a esperança renasce, o que fomos, o que somos e o que podemos ser hoje, amanhã e depois!

Tinha saudades deste espaço que gosto, que não deixei de visitar, mas onde já não escrevia algo; um espaço que nos conforta pelo calor que transmite em cada palavra, cada linha que podemos ler e sentir e, nos inunda de vida.