
Foto © Sascha Huettenhain
Esta noite estive a conversar com o silêncio e falei-lhe de ti… dos teus cabelos, do teu olhar, do teu sorriso, do teu rosto… das tuas emoções, dos teus receios, dos teus objectivos, da tua boca, da tua idade, das tuas palavras… como a conversa era entre homens, falei-lhe do teu corpo, das tuas carícias, da tua ternura, dos teus desejos… e o silêncio perguntou-me: - E como é ela? Descreve-a!... e eu respondi-lhe: é uma ave, uma nuvem, uma maré, uma melodia… uma utopia…
4 comentários:
…Como aconteceu em dias distantes possa agora caminhar.
Que defronte de mim seja tudo belo.
Que atrás de mim seja tudo belo.
Que debaixo de mim seja tudo belo
Que derredor de mim seja tudo belo.
Belo acaba aqui.
Belo belo acaba aqui.
Poemas Ameríndios (Selecção de Herberto Hélder)
Belíssima composição! Belo início de manhã!
Salvé!
quando se tenta esquecer alguém..o que é notório, passa-se á utopia, ou ás simbologias, como as nuvens, as aves, as marés...apenas e só, porque inconscientemente, não se quer deixar partir!
Um dia virá, que as partidas são como as chegadas...esperadas!
Sempre...
Mariz
Aposto que o silêncio não teve resposta :)
quando inevitáveis estas conversas com o silência apenas me ocorria descrever-lhe os cheiros e as cores que pintavam as minhas saudades... como forma de apaziguar a dor apenas isso guardo.
conversas longas, duras... sem respostas.... mas que noite após noite trazem serenidade e clareza de espirito!
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