sábado, 21 de fevereiro de 2009

À DERIVA

Foto © Marek Waskie


Deixo-me ir
qual barcaça à deriva
balançando ao sabor
da magia e da maré
preso a limbos
arrastado por invernias
deixo uma margem
em busca dum cais
navegando sem leme
resisto a novas correntes
deixo tocar-me
pelo perfume de novas brisas
sou timoneiro de mim próprio
recuso imergir
para quando mergulhar
fazê-lo bem fundo!

2 comentários:

Anónimo disse...

o crepúsculo da imagem ilustra bem a alma crepuscular do poeta. um beijo.

Milouska disse...

Passos,

Gosto muito deste pema em que se percebe a esperança ou talvez mesmo a certeza de outros rumos.
Um beijo,

Milouska