sábado, 31 de janeiro de 2009

QUATRO ESTAÇÕES

Foto © Wilson Hurst

Olho-te

E não me vês

Sou o sol do meio-dia

Num céu azul de Julho

 

Toco-te

E não me sentes

Sou um floco gélido

Dum nevão de Janeiro

 

Falo-te

E não me ouves

Sou uma folha amarela

Caída numa poça de Outubro

 

Desejo-te

Mas não me queres

És uma andorinha

Em busca duma nova Primavera.

 

 

2 comentários:

mariab disse...

há mais andorinhas. :) belo, o teu poema. beijo e bom fim de semana.

Milouska disse...

Boa noite, PAS[Ç]SOS!

Aqui estou de novo a apreciar mais um dos teus belos textos.
Na verdade, como diz o poema, "por morrer uma andorinha, não acaba a primavera".
Outras primaveras e andorinhas virão. É sempre duro, mas o tempo encarrega-se de fazer o sol brilhar. Só é preciso abrir o coração.
Um beijo,

Milouska